sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

COQUELUCHE

 



Em franca recrudescencia no mundo, a preocupação com a morbi-mortalidade da coqueluche, especialmente na faixa etária abaixo de um ano, em que o esquema vacinal por vezes sequer foi iniciado, pode ser expressivamente melhorada com a atualização da vacinação contra Bordetella Pertussis na adolescência e vida adulta. Lembramos que diversos estudos apontam a mãe como principal vetor de disseminação desse agente para os bebês de até 2 meses de vida, idade a partir da qual o lactente começa a ser imunizado. A recomendação é que, se possível, a partir dos 11 anos de idade o reforço da vacinação contra difteria e tétano do adolescente, feito em dose única a cada 10 anos, seja acrescido do componente pertussis acelular.




A mulher que planeja engravidar pode ser orientada a receber, junto com a revisão vacinal contra hepatite B, tétano, rubéola etc, também a imunização contra a coqueluche, como forma de evitar a cadeia vetorial de transmissão da Bordetella ao RN e disponibilizar alguma passagem transplacentária e via amamentação de anticorpos especificos. A vacina pode ser aplicada também após o primeiro trimestre de gestação e antes de 36 semanas, ou no pós parto-imediato, perdendo-se nesse caso o beneficio da passagem transplacentaria de anticorpos maternos. Reforça-se ainda a importância da vacinação dos familiares e cuidadores, assim como destaca-se a importância da vacinação ocupacional para pediatras, odontologistas, professores do ensino infantil e berçários e outras áreas de intenso contato com crianças abaixo de 2 anos de idade.

Em calendários vacinais incompletos para difteria e tétano, recomenda-se que 1 das doses seja feita com a vacina Triplice Bacteriana Acelular adulto ou Tripice Bacteriana Acelular + Salk Adulto ( que possui o beneficio adicional do reforço contra a poliomielite, doença epidêmica em partes do mundo como a India,por exemplo.


 

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